Ontem, dia 14 de Janeiro, foi um dia marcante na nossa Vila de Fão, já que pela manhã se realizou a primeira cerimónia pública de que há memória da Tomada de Posse dos novos Órgãos Sociais da Santa Casa da Misericórdia e as Comemorações do 48º aniversário da Elevação de Fão a Vila, que teve lugar da parte da tarde.

Como iremos dedicar outro espaço às Comemorações da Elevação a Vila, neste reportamos, principalmente em imagens, gentilmente cedidas pelo amigo e grande profissional e artista da Fotografia Armando Jorge Reis, sobre a cerimónia de Tomada de Posse dos novos Órgãos Sociais da Santa Casa da Misericórdia de Fão, a maior, a mais importante em termos económicos e sociais e mais antiga instituição da nossa Vila, e em alguns aspectos, do próprio concelho.

O evento realizou-se na Igreja Misericórdia de Fão e começou com uma eucaristia solene celebrada pelo Cónego Avelino Amorim, que representou a Arquidiocese e o Arcebispo Primaz de Braga, nesta cerimónia e que antes endereçou os parabéns à instituição e incentivo aos novos empossados, para esta nobre e importante missão.

No final da celebração religiosa, realizou-se a Tomada de Posse, dirigida pela Mesa da Assembleia geral cessante, que chamou individualmente todos os 23 elementos do novo elenco, que leu o Compromisso de Honra e o assinou.

No final da Tomada de Posse, seguiu-se um período de intervenções, que começou com a reeleita Engª Raquel Vale, que comentou as enormes dificuldades e desafios porque a anterior vigência passou, desde às carências financeiras aos enormes contrangimentos a todos os níveis causados pela pandemia.

A Provedora da Santa Casa da Misericórdia, disse estar bem ciente das grandes dificuldades que esta nova Administração terá pela frente, face ao contexto mundial, à instabilidade política do nosso país e à crise social inerente.

Raquel Vale, elencou como prioridades a tentativa de conseguir o equilíbrio financeiro desta instituição que emprega mais de 200 colaboradores e tem um orçamento que ultrapassa os 8 milhões de euros, com os enormes "handicaps" que são a necessidade de resposta para os financiamentos para as obras de vulto na instituição, que vão desde os próprios edifícios, reestruturação de espaços e necessidade de renovar equipamentos que se encontram na sua maioria em estado de avançada degradação.

Na sua intervenção o Dr. Manuel de Lemos, que recentemente também havia sido reeleito Presidente do Conselho Directivo da União das Misericórdias Portuguesas, felicitou e incentivou o novo elenco directivo da SCM Fão, referindo, a coragem e dedicação que é preciso para estes cargos, as dificuldades porque tem passado, destacando o importante papel de todos os trabalhadores das instituições. Sobre o futuro, prevê ainda maiores contrariedade nos próximos meses, face á instabilidade política, que origina a falta de interlocutores da parte governativa, para "nos atender". Reforçou a ideia de que é preciso muita coragem, determinação e união, "pois todos juntos seremos uma força importante para fazer face aos problemas".

O Arqº Benjamim Pereira, depois do elogio à instituição e à sua Provedora, com quem já trabalhou no Executivo da Câmara e lhe reconhece grandes qualidades técnicas e organizativas, fez uma evocação aos seus fundadores, que criaram a Santa Casa, em pleno reinado dos reis espanhóis, conhecida como "Disnatia Filipina", uma época de dificuldades ímpares.
O Presidente da Câmara o importante papel das Santa Casas, como os pilares da sociedade e dos mais carentes em especial, que encaram o espírito de missão e tem uma papel fundamental na área da saúde.

O evento foi concluído com um Verde de Honra, servido pela Escola Profissional, que tem sido um importante parceiro com todas as instituções fangueiros e neste caso particular com a Santa Casa da Misericórdia.