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Nos dias 10 e 11 de julho de 2025, a Zendensino, através da Escola Profissional de Esposende (EPE) esteve representada nas Jornadas Pedagógicas da ANESPO, realizadas em Fátima, sob o tema "O triângulo virtuoso do ensino profissional: Qualificação / Inovação / Inclusão". A escola fez-se representar pelo Presidente do Conselho de Administração, Carlos Gomes de Sá, pela Técnica Especialista, Cristina Azevedo, e pela Psicóloga Escolar, Ana Ramires.
As Jornadas revelaram-se extremamente enriquecedoras, promovendo o debate e a partilha de experiências entre profissionais do ensino profissional de todo o país, num ambiente de reflexão crítica sobre os grandes desafios atuais.
A sessão inaugural, com o provocador título "IA a 200 km/h: Alguém tem um manual para travões? E um chá de camomila?", foi conduzida pelo Professor Marco Bento, que apresentou uma reflexão sobre a integração da inteligência artificial no contexto educativo. Uma das ideias mais marcantes desta sessão foi a distinção entre a capacidade da IA em reconhecer emoções e a impossibilidade de as sentir, sublinhando que a empatia, o afeto e a relação humana continuam a ser insubstituíveis no ato educativo.
Nas sessões dedicadas à diversidade e inclusão, destacou-se a defesa de uma escola verdadeiramente para todos. Foram partilhadas ideias como "a inclusão é um imperativo social", "a escola deve ser para todos" e "recebemos alunos como barcos à deriva", imagens fortes que remetem para a urgência de práticas pedagógicas atentas, cuidadosas e personalizadas. Ficou evidente que o sentimento de pertença de um aluno não se constrói de forma automática, mas antes com tempo, dedicação e “calor constante”, como se de uma lareira se tratasse. Uma outra metáfora marcante apresentada foi a da diversidade cultural como um jardim: "floresce com intenção, murcha com negligência", destacando a importância da intencionalidade pedagógica na valorização da diferença.
As sessões que abordaram o papel da escola enquanto espelho da sociedade lançaram o desafio de encontrar respostas concretas para os problemas que atravessam o quotidiano escolar. Foi sublinhado que, por vezes, “remamos contra a maré”, uma imagem que traduz as adversidades enfrentadas pelas comunidades educativas, mas que também evoca a persistência dos profissionais em garantir que nenhum aluno fica para trás.
Foi também debatida a importância do bem-estar e da escola como espaço de relações humanas significativas. Destacou-se a ideia de que "não há segundas linhas na educação", reforçando o compromisso inalienável com cada aluno, e a constatação de que "é urgente aprender a aprender", numa sociedade em constante transformação.
A participação da EPE nestas jornadas, que tiveram como mote “O triângulo virtuoso do ensino profissional: Qualificação / Inovação / Inclusão”, reunindo mais de 300 representantes de escolas profissionais de todo o país, no ano em que se assinalam 36 anos desde a criação das primeiras Escolas Profissionais em Portugal. constituiu uma oportunidade única de atualização, inspiração e reforço dos seus compromissos pedagógicos. A partilha de boas práticas e a reflexão conjunta com outras instituições permitiram consolidar a certeza de que é possível, através da qualificação, da inovação e da inclusão, construir uma escola mais justa, humana e transformadora.